O Coimbra Vibra foi um dos projectos mais espectaculares que Coimbra conheceu. Toda a equipa da Coimbra 2003 se empenhou neste projecto que podemos classificar de um enorme sucesso… Embora, como é óbvio, no país em que vivemos… nothing is good enough (a não ser, claro, as Fátimas Felgueiras e os Isaltinos! Esses são aplaudidos e reeleitos.). O resto é sempre lixo.
Pessoalmente, e dada a oportunidade a todas e quaisquer “opiniões”, o que me lixa é que classifiquem TUDO o que se tenta fazer na Cultura de lixo. E o Coimbra 2003 foi, sem dúvida, lixo. Mesmo para aqueles que encheram o TAGV. Mesmo para os pais dos meninos que fizeram instrumentos para o Coimbra Vibra e que estavam envolvidos no assunto. Mesmo para os distintos Professores Doutores da Universidade de Coimbra que nos ligavam a EXIGIR convites para as estreias, como se fossem mais do que o comum mortal. LIXO. Lixo, porque sim. Porque é “culto” dizer mal. Fica bem. Mesmo sem fundamento, sem informação que o apoie. Deitar abaixo o trabalho dos outros é sinal de erudição, conhecimento e, quiçá, de elegância…
Aceito críticas. Todas as que quiserem. Desde que não as coloquem no ar, num enorme e vazio cliché, como é costume. Digam o que foi bem e o que foi mal feito na Coimbra 2003. Há muito do que falar. Mas conheçam (tenham interesse em conhecer!) as barreiras ultrapassadas, as dificuldades, as batalhas vencidas. Façam-nos essa justiça, por favor.
Em qualquer país, a minúscula equipa que fez um ano e tal de Coimbra 2003 teria, no mínimo, RESPEITO. Se não pelos resultados (que, ao contrário do que se diz, não foram MAUS), pelo menos pela experiência acumulada. Por TER FEITO ALGO num país onde se projecta e se discute e se mandam bitaites e se dá dinheiros aos amigos para fazer “uma coisa” parecida com o inicialmente projectado… but not quite… RESPEITO é o que exijo.
Obviamente, a interpretação da palavra “respeito” é muito lata e, já se sabe, “quem não se sente não é filho de boa gente”. Eu “sinto-me”. O Carlos Alberto Augusto também tem o direito de “se sentir” depois de dar couro e cabelo num (ou dois? ou três? ou 90? ou 120?) projecto a que alguém, levemente, decide chamar de “marketing pessoal”. Sentado ao computador, colocando a biografia resumida em vez de justificar a “opinião” expressa aludindo aos factos.
Com todo o respeito, aqui fica MINHA opinião: estou CANSADA deste país. Um dia destes, pego na mochila e mudo-me para a Patagónia, onde, ao menos, a selva é assumida.
Ah! Eu identifico-me! Eu sou a tal que QUIS ser estagiária na Coimbra 2003. E não me arrependo nem um bocadinho. Fui jornalista, sou RP (Isso dá-me algum crédito extra? Decidem algo a meu respeito através da explicitação da minha profissão? Devia acrescentar as minhas duas licenciaturas? Exigir que me chamem por Dra.?). Já não me envolvo em batalhas ou discussões para defender a Coimbra 2003, simplesmente porque não vale a pena. É energia perdida. (Devo falar novamente de pérolas e porcos?) Faço-o aqui por descargo de consciência. Porque às vezes ter sangue de barata cansa também.
Isto é apenas um desabafo. Que fique escrito, para eu não ter de o repetir.
…Ao senhor Doutor dos comentários, não me leve a mal. Deu-me para escrever este texto por causa de V. Ex.ª, mas podia ter sido por causa de outro QUALQUER.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
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2 comentários:
" ... acompanhei, enquanto espectador, o fabuloso projecto Coimbra 2003, do qual gostei imenso " foi o que eu escrevi. A que propósito este texto?
há de facto muita confusão nessas cabecinhas ... Continuamos na base do insulto. Lá está ... é permitido a si e não a mim.
olhe, vamos mas é trabalhar.
Mas então se é assim, afinal, em concreto, o que é lhe causa tanta "azia"...?
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